O Grupo CONGÁ de danças Tradicionais Mineiras foi criado em 1983 na Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas pelo farmacêutico e pesquisador Jarbas Eustáquio Cardoso. Ele se caracteriza pela projeção artística das músicas, cantos e danças presentes nas congadas, reisados, folias, folguedos e modos de vida de uma comunidade, respeitando seus valores, costumes e identidades. Seu nome foi inspirado na palavra "Congo", uma homenagem às Irmandades do Rosário vivamente presentes na cultura e religiosidade mineira. Sua importância para a preservação da memória e cultura mineira deu ao grupo o título de Utilidade Pública Estadual em 1992.
O CONGÁ tornou-se uma referência e um laboratório vivo para artistas e pesquisadores do cenário cultural e acadêmico de Minas Gerais, despontando-se como um grupo voltado às ações de educação através da arte. já se apresentou em diversas cidades mineiras e soma mais de trinta anos de trabalho de pesquisa das manifestações espontâneas em, aproximadamente, 250 cidades de Minas Gerais e é conhecido nacional e internacionalmente, por sua atuação na expressão artística das tradições relacionadas aos cânticos, danças e músicas folclóricas.
Em 1985 participou do Festival Internacional de Folclore de grupos universitários em Santiago, Chile. Em 1986 participou como convidado de honra do Festival Internacional de grupos universitários em Arequipa, Peru. Em 1988 foi eleito o melhor grupo de dança folclórica pela Fundação Artística de Nacional de Brasília. Em 1989 o grupo venceu a concorrência FIAT com o primeiro lugar em danças folclóricas do Brasil. Em 1991 foi selecionado como representante mineiro para homenagear o “Ballet Bolshoi”, no teatro Nansen Araújo (SESI-Minas); ainda neste ano recebeu o prêmio “OH Minas Gerais” como o melhor grupo atuante na arte e na cultura de Minas Gerais. Em 1992 foi convidado para participar do III Festival de Grupos Folclóricos Universitários de Oruro, Argentina. Em 1994, participou do Festival Internacional de Folclore na cidade de Montes Claros (MG) e do I Festival Internacional de Folclore em Curitiba (PR). Entre 1990 a 1995 foi atração especial no programa Arrumação, de Saulo Laranjeira. Em 1995 participou do Festival Internacional de grupos universitários no México. Em 2005 foi atração principal na semana de arte e cultura da PUC-Minas. Em 2007 foi convidado especial na re-estréia do grupo TUMBAITÁ no teatro da Fundação Carlos Drummond de Andrade, Itabira, MG. Em 2008, foi prestigiado pelo Centro de Tradições Mineiras, vinculado à Secretaria de Estado da Cultura, na semana do folclore, como grupo de referência em projeção folclórica de Minas Gerais. Em 2009, o grupo apresentou-se na “Roda de Viola” do “Museu dos tropeiros” em Ipoema, MG. e foi selecionado pelo “Projeto Cenário” do Centro Cultural UFMG, para ocupação de espaço. Em 2009 apresentou-se como convidado especial no projeto “Rainha Bela” em homenagem aos 106 anos da congadeira mineira. Em 2011, foi convidado para a comemoração ao 8º aniversário do Museu do Tropeiro, em Ipoema, MG., participou do projeto “Música & Poesia” do Centro Cultural da UFMG e ministrou a oficina “Sapateados e suas influências” no projeto “Cursos e oficinas para todos”.
Em 2012 atuou no Centro Cultural da UFMG recepcionando crianças, jovens e estudantes da rede pública de Educação e promoveu um espetáculo em dezembro de 2012 no teatro do Centro Cultural da UFMG. Em 2013 foi selecionado pelo edital CENAMUSICA da Fundação Municipal de Cultura para circulação de espetáculos em cinco centros culturais da cidade com cinco apresentações.
O grupo CONGÁ tem como principal figurinista, o artista plástico e pesquisador Décio Novielo. Boa parte do seu acervo, como adereços, máscaras e figurinos são de criações do artista Jarbas Cardoso. A importância do CONGÁ na comunidade cultural de Minas Gerais atraiu também, a participação de diversos artistas na área da música, a citar: Maurício Tizumba, Grupo Tambolêlê, Ivan Correa, Irmãos Naves, Joaci Ornelas, entre outros.
Seu trabalho é marcado pelo diálogo contínuo com a sociedade com ações para a Educação, Qualidade de vida e exercício da cidadania, divulgação e valorização das tradições, ao mesmo tempo em que fomenta a profissionalização artística de seus participantes.
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