Nas batidas dos tambores, surgem as tradições mineiras. É ouvida e preservada em todo o território de Minas Gerais.
(b) CONGADA
Pelos caminhos das Gerais, a Congada representa o marco da cultura mineira. Assim como todas as manifestações autênticas, ela presta homenagem à Nossa Senhora do Rosário e à São Benedito, protetores dos pobres e dos negros. Há registros de ocorrência em todas as cidades que mantêm a tradição mineira. Nelas, há presença da Corte Congá, com rei, rainha, pajem e princesa. No festejo, com o toque dos tambores, os participantes dançam com bastões e vestimentas coloridas, dando cor e movimento a essa celebração.
(c) CAIAPÓ
Pesquisada no sul de Minas, na cidade de Muzambinho. A folia se apresenta em festejos alegres da cidade e em festas religiosas. Inspirada nas guerras entre tribos indígenas. Conta, por meio da dança, que a causa do confronto partiu da necessidade do nascimento de uma menina índia - a bugrinha -, para trazer sorte e fartura à comunidade. Entretanto, só uma das tribos foi presenteada pelo seu nascimento. A outra, sentindo-se ameaçada, rouba a criança, dando inicio a um conflito. A indumentária é confeccionada com palhas, penas e máscaras.
(d) DANÇA DAS FITAS
Dança de origem européia, veio para o Brasil com os imigrantes alemães e holandeses. Caracteriza-se por movimentos variados, com fitas coloridas em torno de um mastro. As pesquisas, dentro do Brasil, originam-se do sul.
(e) DANÇA DAS MANGUARAS
Dança dos meninos de rua, trata-se de uma brincadeira de marcação do toque de tambores com os toques das manguaras (bastões de madeira). Esta tradição é vista na cidade de Itabira-MG e nos principais lugarejos do Vale do Jequitinhonha.
(f) VILÃO DE FACAS
Foi pesquisada na cidade de Ituiutaba-MG, Itapecerica, Oliveira e Dores do Indaiá. É apresentada, geralmente, em festejos religiosos em homenagem a São Sebastião, São Jorge, Divino Espírito Santo, São Benedito e Nossa Senhora do Rosário. Historicamente, o Vilão de Facas representa a guerra entre Mouros e Cristãos. São movimentos perigosos, utilizando facões verdadeiros, e realizados somente por homens. Nas batidas dos metais, os cristãos tentam preservar a fé entre os seus fiéis. Os Mouros, por sua vez, tentam espalhar o paganismo entre a comunidade cristã.
(g) A CATIRENSE
Dança de sapateado, realizada por homens e mulheres. Através do sapateado o homem conquista a mulher. Porém, ele conquista a mulher do outro. Pesquisada no vale do Jequitinhonha, no interior da cidade de Brasília de Minas. Geralmente a dança é apresentada em festejos da cidade, sendo religiosa ou não, nas quermesses, barraquinhas e parque de diversões.
(h)FOLIA DE REIS
Dança de Reis, movimento religioso que leva, de casa em casa, a alegria e fartura, cantando para todas as senhoras da casa o nascimento do menino Deus.
“Senhora dona da casa, escutai e ouvirei, mas escutai e ouvirei, Sinderê, Sinderê, viva o santo rei. A caminho de Belém, os três reis magos levam ouro, mirra e incenso para o Menino Jesus”.
(h) PASTORINHAS
Também de cunho religioso. As pastoras levam às casas a alegria e paz. Na época do nascimento do Menino Jesus na cidade de Belém, vários foram os personagens que surgiram para louvar o Senhor. As pastoras, oriundas do lugarejo, louvavam o menino Deus cantando e dançando. Atualmente, esse tipo de manifestação popular é encontrado em quase todas as cidades brasileiras.
(i) SÃO GONÇALO
São mulheres chamadas promesseiras, de vida fácil, e aquelas que já estão descendo a Serra da Boa Esperança que fazem promessas a São Gonçalo para arranjarem um bom casamento. Para isso, elas se movimentam, vestidas de noiva, a noite inteira. Cansadas, elas dormem, passando mais uma noite sem pecarem. Movimento popular pesquisado na cidade de Pirapora-MG.
(j) PENACHO REAL
Movimento popular pesquisado na cidade de Dores do Indaiá. Caracteriza-se pelo fato dos dançarinos empunharem manguaras, simbolizando uma disputa de território. A dança é apresentada em festejos religiosos e quermesses.
(k) NAMORADEIRA
Movimento popular onde um grupo de mulheres se veste com vestidos coloridos em busca da conquista fácil do homem. Movimento pesquisado na cidade de Barradinha-MG.
(l) TERNO DE SÃO BENEDITO
“1888. Naquele dia tirano, tava amoitado no mato, sordado me procurando. Movimento de cunho religioso, essencialmente uma festa de negros” (tema de São Benedito). Prestam homenagem a São Benedito, Santa Efigênia e Nossa Senhora da Conceição.
(m) TAMBORIL
Movimento popular autêntico, pesquisado na cidade de Dores do Indaiá. Realizado somente por homens que se vestem com saiotes e chapéus com distintas cores. São manifestações de cunho religioso que prestam homenagem à Nossa Senhora do Rosário e Nossa Senhora da Conceição.
(n) MARUJADA
Marujo sem mar que trouxe para terra suas tradições. Movimento de cunho religioso, prestam homenagem à Nossa Senhora dos Navegantes e Nossa Senhora do Rosário. Pesquisado na cidade do Serro-MG.
(o) CABOCLINHO OU CABOCULINHO
Dança de manifestação autêntica, pesquisada na cidade de Serro-MG, usam como indumentárias e roupas comuns revestidas com penas coloridas. Homenagem à Nossa Senhora do Rosário.
(p) CATOPÉ
É denominada dança dos quatro pés. Não é considerada de cunho religioso. São apresentadas, geralmente, nas quermesses e barraquinhas. Pesquisada na cidade de Montes Claros - MG.
(q) CIGANINHAS DO EGITO
Dança pesquisada em Januária, MG. Faz parte dos altos de Natal e se assemelha ao Pastoril, porém de influência da cultura cigana, com a utilização de lenços e pandeiros.
(r) DANÇAS DO RIO GRANDE DO SUL e AMÉRICA LATINA
O grupo apresentar danças do Rio Grande do sul e Latinas apenas como show, quando solicitado citando: MALAMBO, BALAIO, CHIMARRITA, ANÚ, PEZINHO, ROSEIRA, TATU e Latinas: : CHACARERA, LA CUECA, CHAMAMÉ.
(s) MÚSICAS
Algumas canções pesquisadas pelo Congá são inseridas na montagem das danças e cantos folclóricos. Sua forma autêntica é procedente dos antigos cantos e canções religiosas, muitas delas oriundas da ÁFRICA e que mais tarde foram regionalizadas. As músicas folclóricas pesquisadas pelo grupo, vem sido transmitida pela oralidade, ao longo de gerações e ainda possuem semelhanças em muitas regiões. Outras são criações próprias, seguindo uma linha de pesquisa que respeita a essência das manifestações autênticas, seu modo de vida, festejos, linguajar e estrutura sonora.
(Pesquisa de dados do Grupo e formatação: Janice Pires)
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